Sem dúvida, vivemos em uma época muito especial, em que podemos
contar com a volta de Jesus a qualquer momento. Os sinais dos tempos
falam uma linguagem muito clara e sempre mais insistente. Parece que nos
aproximamos da Grande Tribulação a largos passos.
Em Israel busca-se a
paz, a Terra Prometida está sendo repartida e a globalização avança com
velocidade vertiginosa. Na Europa o clamor por um novo Império Romano
torna-se cada vez mais forte. O novo presidente da Comissão Européia,
Romano Prodi, recentemente expressou sua visão de um novo Império Romano
ao afirmar: "Pela primeira vez desde a queda do Império Romano temos a
chance de unir a Europa – desta vez não pela força das armas, mas na
base de ideais comuns e de regras negociadas". Na Alemanha, a igreja
luterana e a igreja católica chegaram a uma unidade e a uma aproximação
jamais vistas. Mas, conforme alguns teólogos evangelicais, a declaração
oficial conjunta sobre a doutrina da justificação seria somente um ideal
ecumênico, nada tendo em comum com seu sentido original, sendo
interpretada apenas no sentido católico-romano.
Uma notícia ruim segue à outra. Os intervalos entre elas são cada vez
menores e sua intensidade aumenta. Alguém disse recentemente: "A
situação está tão séria que não podemos mais apenas comentá-la – devemos
elevar nossa voz". Entretanto, como nós cristãos ainda nos encontramos
sobre a terra e somos confrontados com sofrimentos e dificuldades,
corremos o risco de ficar com medo e de preocupar-nos com o atual estado
de coisas. Muitos olham para o futuro com apreensão. O perigo para os
crentes nestes tempos finais, conforme as palavras do Senhor Jesus, não
está no risco de sucumbir no meio de tantos problemas, mas em se
preocupar com tudo o que está acontecendo. E é justamente em relação às
preocupações que Ele nos alerta, quando nos diz em Lucas 21.34:
"Acautelai-vos
por vós mesmos, para que nunca vos suceda que o vosso coração fique
sobrecarregado com as conseqüências da orgia, da embriaguez e das preocupações deste mundo, e para que aquele dia não venha sobre vós repentinamente, como um laço".
Paul Schütz escreveu:
As preocupações da vida são o maior tirano que existe, e ele lidera um exército de algozes e verdugos que nos comandam e escravizam. A seu serviço encontramos a desconfiança, o medo, a consciência pesada, o desalento, a murmuração, a crítica, a irritação, a amargura, a teimosia, a tristeza, a depressão, o desespero e a frieza para com Deus. "Não vos preocupeis!", é o brado contra essas inclinações diabólicas.
A respeito, vale lembrar algumas estrofes de um antigo hino:
Entrega os teus enfados,
do coração a dor,
aos paternais cuidados
do Altíssimo Senhor.
Quem nuvens, sol e vento
e o mundo faz andar,
teus passos a contento
ao bem há de guiar.Os teus, hás de salvá-los,
ó Pai e Protetor!
Do mal hás de afastá-los
e dar-lhes Teu favor
O que lhes concederes,
será para o seu bem;
e tudo que lhes deres
o Teu amor contém.Confia, ó alma aflita,
espera sem temor.
Humilha-te contrita,
confia em Seu amor.
Verás o Sol Eterno,
a santa luz dos céus,
que por amor paterno,
Deus dá aos filhos Seus.(Paul Gerhardt, 1607-1676)
Realmente, devemos lembrar que o Senhor é Soberano e cuida de cada detalhe da nossa vida. Jesus disse em Lucas 12.6-7: "Não
se vendem cinco pardais por dois asses? Entretanto, nenhum deles está
em esquecimento diante de Deus. Até os cabelos da vossa cabeça estão
todos contados. Não temais! Bem mais valeis do que muitos pardais."
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